Grand Cosmos
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Pátio e Sub-Localidades

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Mensagem por Admin Sex Out 05, 2018 4:31 pm

Pátio e Sub-Localidades R8dmgw4

Logo após a passagem pelos arredores do Santuário, caso não se siga para o cemitério dos Cavaleiros, chega-se aos pátios que são divididos em inúmeras sub-localidades, sendo neste local onde normalmente se encontram os Cavaleiros de hierarquia abaixo da elite e os soldados rasos.

Neste local localizam-se a área de treinamento das Amazonas, os alojamentos dos Cavaleiros, a sala das torturas e o templo do assistente do regente. Aqueles que passarem por estes locais com o intuito de chegar às doze casas devem atravessar apenas o pátio principal, que constitui-se basicamente de um enorme terreno tortuoso, dotado de uma subida cada vez mais ingrime rumo à montanha sagrada das doze casas. Alguns templos se fazem presentes, como a biblioteca oficial do Santuário, onde assuntos administrativos de menor porte se resolvem. Os Cavaleiros de Prata e Bronze geralmente ficam neste local aguardando por ordens de seus superiores.
Existe um sino que é tocado ao alguém fugir ou invadir o Santuário.

Concluindo a passagem pelos pátios do Santuário, chega-se à base da montanha sagrada que abriga em si os doze templos zodiacais, o salão do patriarca e o maior tesouro do Santuário: a Estátua de Atena e os aposentos da própria deusa. Este recinto é conhecido como a entrada das doze casas, possuindo diversos elementos, entre eles, o relógio zodiacal.

No exato centro do sopé encontra-se a passagem para a casa de Áries: uma pequena escadaria sucedida por uma plataforma rochosa, onde desde seu início é possível se avistar o primeiro dos doze templos. Desta plataforma, é possível observar uma pequena depressão de terreno onde se ergue imponente o relógio de fogo, as chamas sagradas e o marco das invasões e guerras santas. O relógio é cercado por algumas rochas em campo aberto, o que lhe torna acessível e visível em qualquer ponto das doze casas.
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Mensagem por Blue de Espadarte Qui Out 11, 2018 5:18 pm

A maioria pensa que Blue é um antissocial que detesta seres humanos. Talvez não estejam 100% errados, mas não era bem assim. Permanecia longe por medo; medo do próprio corpo, da instável espada que residia em seu braço. Além disso, o silêncio o ajudava a encontrar paz e calmaria. Seu mestre lhe dizia que deveria ser calmo e frio se quisesse controlar a Excalibur, porém, alcançar tal estado era difícil para o Bronze de Espadarte. Tantos sentimentos e mágoas revolviam-se em sua cabeça a todo momento, impedindo-o de focar no que era correto e necessário.

Aah! Concentre-se! — ralhou consigo mesmo, voltando ao treino.

Blue escolhera uma parte mais afastada dos terrenos do santuário, onde a maioria dos soldados não passava. Era uma área com grandes rochas e exatamente escolhera tal lugar. No seu treinamento, buscava encontrar a perfeição na sua espada, objetivo alcançado apenas uma vez, quando fora escolhido pela Armadura de Espadarte. Porém, mesmo depois de dois anos que tornara-se um cavaleiro, a Excalibur Morgan não mostrara desempenho semelhante. Seu corte era fraco e instável, e o seu mestre dizia ser inaceitável.

O pior é que eu acho o mesmo... — falou sozinho outra vez, os olhos azuis perdendo-se do seu alvo.

Baixaram-se até as várias ataduras que lhe cobriam o corpo. Seu mestre tinha razão. Já perdera as contas de quantos acidentes quase fatais tivera graças àquela espada. Recentemente, acabou por machucar o seu olho direito, não o perdendo por muito pouco. Tinha de controlar aquele poder logo, antes que uma catástrofe acontecesse, e dessa vez não referia-se apenas à sua própria vida. O garoto então voltou a focar-se na pedra, afastando as pernas e fechando os dedos retos, simulando uma lâmina com a mão direita. Elevou o braço e, com um movimento rápido, baixou-o, liberando todo o poder da espada sagrada.

Excalibur Morgan!

O feixe de luz azul brotou do chão, percorrendo a pedra em uma trajetória que era tudo, menos reta. Em vez de partir-se perfeitamente no meio, a rocha rachou e quebrou-se em vários pedaços, estilhaçando-se. Blue suspirou, derrotado, quando viu que em seu braço um novo corte se fizera, graças a instabilidade da Excalibur. Retirou as ataduras antigas e cortadas, ignorando os feios machucados que ainda não haviam cicatrizado, e enrolou novas no recém feito corte.

Eu vou acabar morrendo desse jeito... — murmurou antes de voltar ao treino.
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Mensagem por Harmonia de Águia Sáb Out 13, 2018 7:39 pm

“RETIRE TUA ESTIRPE IMUNDA DO MEU OXIGÊNIO PRESENCIAL.”

Agora que refletia melhor sobre a última frase ecoada antes de varrer a pontapés o jovem aspirante a cavaleiro, Harmonia cogitava que talvez, talvez, houvesse agido exageradamente. Ora, aquele era um pirralho ainda qualquer demais para o Santuário, recém-chegado como o Sol daquele dia – não teria sido muito prudente arrebentar as costelas do desgraçadinho, como quis fazer no primeiro momento de ódio. O Santuário já carregava em seu sagrado seio más línguas demais sobre o temperamento pitoresco da Amazona. Ela sabia que havia incontáveis párias que desejavam minar todas as suas chances de instruir os cavaleiros mais juvenis. Que queriam… Ceifar o voo da aquila romana.

— Pff. Como se fosse fardo meu. Desde que o mundo é mundo, o senso de hierarquia é incutido no ser humano. Que obrigação tenho de poupar um FANFARRÃO que desrespeita minhas convicções? Seria um desserviço, enquanto serva da justiça. Huh.

Sempre a águia, Harmonia nota como os neófitos estranham descaradamente sua gesticulação e sua assembleia solitária, no meio do pátio. Comentam, zombam. Não compreendem 1/100 de uma alma que não pode dizer nada sem investir todo o coração e de um corpo que carrega o dever de acompanhá-la na energia. Oh, como carbonizam sua paciência. A decadência é um fenômeno terrível.

— E ISSO SERVE PRA VOCÊS TAMBÉM! — grita, apontando para os ingratinhos e fuzilando-os com o olhar afiado. — Corram mesmo. Desapareçam da minha vista. 20 km de distância já serve.

Decididos a não cometer uma sandice que nem os mais experientes ousavam, os aspirantes chegaram mais rápido do que o planejado ao trajeto do Coliseu.

— Ao menos uma coisa que sabem com excelência. Emboooora — levou a mão ao queixo, pensativa. Lentamente, deslizava pelo rosto inteiro. — Talvez não sirva de nada. Sinto que quero ir exatamente ao Coliseu e encontrar mais fedelhos capazes… … Oh, Áurea Minerva. Serei eu venturosa o suficiente para distinguir, em meio a esses rebentos de cosmo, um verdadeiro aprendiz? Alegra-me imensamente que esses moleques sejam a esperança do mundo, mas… Será que uma humilde águia não porta o direito de iluminar-se com uma bagatela de esperança?

Simultaneamente, seus olhos se deparam com a amada Biblioteca do Santuário. Dostoievski ou pirralhos com meio cosmo? É… Uma escolha bem tentadora.

— Nah. O sol de hoje ainda é infante. A qualquer momento… Posso arranjar um confronto.

Iniciou uma plácida caminhada até o prédio da biblioteca, enquanto esparramava sua vistoria de águia por tudo e todos.

— Seja com um filhote de gafanhoto, um irmão de armadura, ou escritores russos.
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Mensagem por Uriel de Fênix Seg Out 15, 2018 9:12 pm

As estrelas e constelações guardam mitos incríveis, que permeiam inalteráveis o tempo. Tão cheias de vida quanto os santos que as trajam, as armaduras são abençoadas por suas constelações regentes; essas lendas as dão vida.
Uriel jamais esqueceria da imagem da armadura, que viu pela primeira vez em meio a tantos terror. Ainda assim, ela parecia uma última esperança… a gloriosa Ave Fênix, em toda a sua excelência, sob um pedestal de puro ouro. Tamanha majestosidade é indescritível… ela se assemelhava à criatura das lendas em seu mais glorioso momento… a morte. A ressurreição.
Sim. O momento em que a ave Fênix mais resplandecia era em sua morte. Uma ave com propriedades incríveis, fora dito que seu bico tinha o curioso formato que se assemelhava à uma flauta — a melodia que tocava revelava os mais íntimos segredos, tal como embalava qualquer ser em seu cântico. Porém, quando sentia o doce sopro da morte de aproximar, voava até o Templo do Sol, construindo um ninho com ramos de canela, carvalho, nardos e mirra. A sua canção, cujo induzia felicidade e conforto, agora se encheu de melancolia e emocionava todos os animais que assistiam aquele fúnebre espetáculo; alguns acabaram até mesmo morrendo. Então, permitia-se arder em chamas até se reduzir à cinzas, para então renascer das mesmas como uma ave flamejante ainda mais incrível.

O mito remete a profundos significados e lições na vida de qualquer pessoa. Para Uriel, uma criança que não tinha nada em sua vida além do embate, aquela Fênix representava tão somente a esperança. De que, após tanto mal, dias melhores viriam… talvez não estivesse certo. Mas quando seus olhos âmbar estavam cansados e “mortos", era aquela armadura quem os iluminava. Quem os ressuscitava.


Escorou-se em uma das pedras, sob o sol escaldante que não lhe era incômodo. O local quase inóspito era perfeito para o intenso treinamento rotineiro dos cavaleiros, porém, a grande maioria não usava aquela região… salvando exceções. Um cavaleiro treinava solitário, buscando aparentemente refinar as suas habilidades para dominá-las por completo.
O ruivo conseguia desvendar o que ele sentia somente o observando brevemente. Todo aquele sentimento que consumia o seu ser cegava o fio de sua espada… nada bom. Normalmente Uriel não ligaria. A companhia de outros Cavaleiros não o interessava nem um pouco, no entanto, não queria avançar no combate com alguém que não sabia controlar suas habilidades cobrindo a sua retaguarda.

Retirou a mão dos bolsos, se aproximando o suficiente para que o garoto reconhecesse a sua presença. Seria péssimo pra ele se acabasse, sem querer, entrando no meio daquele corte.
O melhor aço é aquele que se adapta à forja, não o contrário. Com a espada sendo uma extensão de sua própria alma, conter seus sentimentos também acaba atrapalhando no real poder da lâmina…

Sem rodeios ou apresentações, resolveu repassar um dos ensinamentos mais importantes que teve em sua vida, bem como um dos poucos. Ainda que não tivesse prática com lâminas, entendeu seu propósito e parou de tentar controlar o incêndio existente dentro do seu coração. Apesar do semblante rígido e austero, era nítida a sua intenção de ajudar.

Não contenha. Guie.
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Mensagem por Blue de Espadarte Seg Out 15, 2018 11:05 pm

Em vez de aprender com os erros, as falhas no treinamento faziam Blue cada vez mais perturbado. Para a sua infelicidade, era assim diariamente. Cada vez que falhava em liberar a Excalibur corretamente, as palavras de seu mestre voltavam à mente do cavaleiro de bronze. Blue não estava preparado para ser um cavaleiro. Não era digno de vestir a armadura de Espadarte. Nunca conseguiria dominar a espada em seu braço se continuasse daquela forma. Todos aqueles pensamentos formavam um turbilhão em volta do escocês, fazendo-o encontrar-se cada vez mais fundo. Mais um pouco e sufocaria. 
Blue teve seus pensamentos depreciativos interrompidos assim que sentiu a presença de outro cavaleiro ali. Um arfar baixo escapou dos lábios finos e rapidamente segurou o braço direito junto ao corpo, por medo de atingi-lo por engano. Porém, apenas por vê-lo, sabia que aquela possibilidade jamais aconteceria. O homem à sua frente era extremamente poderoso e só de estar em sua presença era incômodo para o espadachim. Seus ouvidos escutaram atentamente a fala do ruivo e, infelizmente, suas palavras lhe pareciam extremamente familiares. 
Parece algo que o meu mestre diria — admitiu, um tanto pensativo. 
Não entendia muito bem por que aquele cara o estava ajudando, mas tentaria absorver os seus ensinamentos. Tinha certo conhecimento de que aquela espada era apenas uma extensão do seu corpo. Não apenas uma extensão, mas uma parte de si, ligada tão profundamente com o seu corpo e os seus sentimentos que tornara-se vital. Porém, o medo do seu poder ainda assustava Blue. Se conter o que sentia impedia o desempenho da Excalibur, deveria liberar tudo de uma única vez?
Voltou-se para outra das pedras e fechou os olhos, respirando profundamente. Retirou da sua memória os momentos mais significantes da sua vida. Joyeuse pedindo para que se tornasse um cavaleiro, a lembrança da gloriosa Excalibur abrindo o Lago Ness com um golpe e a armadura de Espadarte o aceitando... A espada em seu braço começou a ressoar com todo o seu corpo. Sentia que eram um só. Porém, suas lembranças não paravam de jorrar. Lembrou-se da morte dos pais, de Joyeuse sem vida, seu mestre o desaprovando como um cavaleiro mesmo trajando a armadura. O braço de Blue brilhou intensamente, incontrolável, de forma que até o ar em volta do garoto parecia ser fatiado em pedaços microscópicos. 
Não... p-pare... — murmurou assustado, fitando a espada. Com um mínimo movimento do braço para a frante, o estrago já estava feito. Um extenso e profundo corte apareceu no solo à frente do Espadarte, o brilho emanando sem cessar, cavando uma fenda no chão. Por mais que Blue tentasse conter seus sentimentos, fechar a sua mente, a lâmina continuava ativa e cortando tudo a sua frente. O cavaleiro de bronze caiu de joelhos, arfando, fazendo o máximo para não mover um milímetro que fosse. — Eu não vou deixar essa droga me controlar... — murmurou, já enraivecido. Fechou os olhos com força novamente, lembrando-se mais uma vez das palavras de Joyeuse. Mesmo que o tivesse matado, pensar no falecido amigo o acalmava. Estava ali por ele, para proteger o mundo que ele amava. Precisava controlar a Excalibur por ele. Aos poucos, o brilho em seu braço cessou, até voltar a ser um braço comum.
Me desculpe por isso — disse sem fitar o cavaleiro atrás de si. Sentia-se tão patético que não queria nem mesmo olhar para ele.
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Mensagem por Uriel de Fênix Ter Out 16, 2018 2:35 am

Quando a atenção do garoto encontrou o ruivo, juntou o braço ao seu corpo. Estava claro que temia o descontrole de seu poder, o qual seria letal para qualquer um próximo; até mesmo para ele próprio. Seus ferimentos e curativos denunciavam o óbvio, sua própria carne estava sofrendo com a habilidade… mas quem disse que isso é não está certo? Antes de machucar, é mais importante do que tudo ser ferido. Mas Uriel conseguia ver nitidamente que barreiras internas não permitiam o menino alçar seu verdadeiro potencial. Era quase irritante, mas no fim não era da sua conta.

Qualquer cavaleiro o diria. — Retrucou o comentário do garoto, que em uma breve reflexão trouxe o seu mestre para a conversa.

Deu alguns passos para trás, deixando que o garoto continuasse tentando. Quase podia-se ver em seu lugar, queimando a sua pele de propósito… desbravando todos os seus limites para os quebrar. Mas o que Uriel não tinha na época, esse Cavaleiro tinha de sobra… medo? Talvez. Medo de seu próprio poder. De ser quem realmente é.

Parece que a tentativa não havia funcionado. A lâmina continuava cortando deliberadamente, e quanto mais tentava, mais parecia perder o controle… um problema, certamente. Uriel não conseguia entender como o garoto não tinha morrido ainda. Semicerrou os olhos quando ouviu seu pedido de desculpas, para então voltá-los para as fendas que no solo se abriram com facilidade.

Isso já está te controlando. Veja bem a sua frente. Seu medo, desespero, estão se refletindo na espada… você é indeciso.

A primeira instância, suas palavras poderiam soar críticas e cruéis demais. Porém não, tratavam-se apenas da crua verdade, que até o menino devia reconhecer. Só talvez não tivesse entendido a magnitude disso… ainda. Quando entendesse, alcançaria habilidades que jamais imaginaria. Não era uma necessidade, era a obrigação de um cavaleiro.

Sua lâmina reflete o seu coração, e ela só mostra descontrole e incertezas. Se há uma memória que o atrapalha, ou um sentimento, corte-os fora e enterre-os; um cavaleiro não precisa de fraquezas. Para um cavaleiro, a fonte de sua força vem dos sentimentos mais profundos… na luta, no entanto, nada pode partir do medo, pois ele é um sentimento fraco. Se você ataca, você vai matar. Se você defende, não vão morrer. Se você avança, vai chegar… Não existe meio termo.

Medo, hesitação… dor. Essas eram coisas que há muito tempo Uriel tinha jogado fora por vontade própria. E era assim que tinha que ser… um homem sem medo é um homem sem fraquezas. Um homem livre, que não pode ser traído, enganado. Um homem invencível em vários sentidos.
O garoto tinha tudo pra isso. Desde que reconhecesse, de uma vez, quem realmente era. Um cavaleiro.
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Mensagem por Julius Ter Out 16, 2018 4:46 am

Passaram-se alguns dias desde que cheguei ao Santuário. Visitei varias partes do mesmo, pelo menos todos que eu tinha acesso livre. O vilarejo próximo é muito agradável e possuía muita vida, mas eu buscava por um lugar tranquilo para que eu pudesse meditar e treinar minha mente.

Em uma alta colina nos distritos do santuário o vento soprar era apenas oque eu ouvia. Minha pele sendo tocada pelos raios solares era a unica coisa que eu sentia, aquele calor suave e aconchegante.

Controlando a respiração, enquanto meditava sentia meus pulmões inflarem com o ar levemente úmido e fresco. Ajoelhei-me na grama rala, sujando minhas calças de terra, coloquei minha mão dentro do bolso tirando minhas contas e de mãos entrelaçadas o apertando orei agradecendo por aquele momento de tranquilidade, e também pedido controle sobre minhas emoções para que o treino físico não fosse um desastre.

Levantei-me fazendo o sinal da santa cruz e guardei minhas contas, dando tapinhas de leve em meus joelhos limpando a poeira me sentia preparado. Aquele momento seria um pouco mais tranquilo para a mente mas mais pesado para o corpo, era hora de treinar as técnicas aprendidas com meus mestres e desenvolvidas com meus esforços.

Virei-me para a caixa da armadura.

-Vamos Triangulo Austral! É hora de treinar pra valer!

Os triângulos vieram até minhas mãos onde os peguei com maestria.

A armadura se pôs de pé como se estivesse sendo trajada por alguém invisível, ou simplesmente se movia por conta própria.

Começamos a lutar um com o outro, enquanto a armadura desferia socos e chutes em uma postura de combate que lembrava muito o padre Crespin. Durante um momento quase me descuidei e a armadura deu um soco que passou raspando na lateral meu cabelo.

- Santa trindade de lótus!

Juntei os triângulos do sol e da lua e com os poderes telecinéticos alinhe-o atrás de minha cabeça enquanto juntei as palmas das mãos.

Concentrei o cosmo e estendendo os braços para frente soltei uma onda através das palmas de minhas mãos que fez a armadura cair e desmontar.

- Me desculpe Triangulo Austral! Deixei me levar pela surpresa. Vamos, venha!

Senti a armadura se juntar ao meu corpo, aquele calor era sempre reconfortante.

- Está na hora de irmos até o santuário para conhecer outros cavaleiros.

Coloquei a mascara no rosto e os triângulos no braço esquerdo, em seguida parti para o pátio do Santuário.

Chegando vi alguns cavaleiros interagindo entre si. Reparei que muitos revelavam seu rosto, já eu usava minha mascara para diferenciar o lazer do dever, e meu dever agora não era mais apenas orar.
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Mensagem por Fernando De Altar Ter Out 16, 2018 6:26 pm

"Ninguém se lembrará das flores que foram pisoteadas"

 Claramente era uma mentira muito bem contada. Desde cedo, ensinado a nunca se importar com aqueles que eram inferiores a ele. Uma criança que nasceu em meio a escuridão humana, em um mundo que ninguém gostaria para si. Ser um monstro não era uma opção e sim um sobrevivente. Embora não demonstrasse, a criança nunca esquecia-se daqueles que eram feridos por suas mãos.

 Sua aparência condizia com sua situação. Ela era magra, cabelo longo e bicolor entre o preto e branco. Infinitos curativos em seu corpo e uma mascará aterrorizante que era sua marca. Nunca sentiu-se bem em machucar os outros, mas com o tempo isso acabou sendo costume e pegou gosto pela coisa. Perdição era como sua alma encontrava-se.

 Porém, o destino as vezes parece de compadecer de algumas almas. Houve alguém que surgiu em uma imagem resplandente trazendo um pouco de luz para a escuridão em sua infeliz vida. Luz essa que aqueceu o espírito puro e protetor, fazendo tomar a decisão de retirar toda escuridão de seu ser.

A redenção lhe veio de um protetor da miserícordiosa deusa Atena. A divindade que compadeceu-se da humanidade e passou a adota-lo como seus protegidos. A deusa da sabedoria que ergueu sua mão contra seus irmãos para defender tal raça tão curiosa. Humanos passaram a atender ao desejo da deusa e assim a proteger com suas vidas. Cavaleiros, eram assim que se chamavam. Homens e mulheres que lutavam unindo suas almas e seus cosmos com armaduras especiais.

Com isso, houve a mudança da escuridão para a luz.

 Seu nome era Fernando, agora. Suas memórias nunca seriam esquecidas, mas seriam muito bem enterradas dentro de si. Não ousaria contar a ninguém o que já fora, protegeria aos mais fracos e a sua deusa buscando o perdão daqueles que já feriu e a tão sonhada paz para a humanidade.

[...]

 O Cavaleiro de Altar era um rapaz muito bonito. Seu cabelo agora era curto, ainda permanecendo bicolor e bagunçado. Era charmoso e atraente em beleza exótica. Até mesmo o minímo movimento era incrivelmente belo e sereno. Seu olhar intenso como de um amante apaixonado e "Caliente". Seu sotaque Castelhiano era fluente, uma marca de sua origem que nunca deixaria morrer.

 Embora tivesse muito a seu favor, é um garoto quieto. Sua beleza chamava a atenção de algumas moças, mas estas nunca conseguiam nem sequer tirar uma "lasquinha" do Argentino. Estas, sempre observavam toda manhã ele alongar-se e podiam jurar que seus movimentos eram tão intensos e suaves como o Tango.

A única pessoa que ele tinha mais contato era seu mestre. Uma conversa direta e saudavel de no limite de dois minutos. Fernando gostava da companhia do dourado mais velho, mas não o compreendia muito. Talvez, quando mais maduro pudesse entende-lo. Até lá, guardaria em seu coração os sentimentos e apreciação pelo dourado.

A quietude do rapaz, as vezes provoca-lhe situações em que era posto em teste. Ele apenas agia e dizia algo se a situação fosse própria para isso, ao contrário, apenas ignorava tais fatos. Esse silêncio e passividade não eram a toa, guardava dentro de si ainda o monstro que fora criando em sua infância corrompida. Era fácil machucar alguém e até mesmo matar... A dificuldade era em quando fazer isso e com quem.

 [...]

 Fernando prefiria não afastar-se muito, sempre a espera de ordens de seus mestre. Por isso, treinava por perto do pátio. Era apenas um aquecimento para que seu corpo não sofresse as consequencias de um treinamento mais pesado. Eram sequencias de movimentos graciosos e ao mesmo tempo intensos, como se colocasse toda atenção, força a precisão até mesmo no menor movimento. Seus olhos estavam fechados, como se tentasse sentir a energia ao seu redor e misturar-se com ela.

 Tal como muitos dizem: Era como uma dança.

-Parece que há uma agitação maior hoje.

 Sussurrou consigo mesmo em seu sotaque "caliente". Até mesmo atreveu-se a sorrir minimamente enquanto voltava a concetrar-se em seus movimentos. Ao sentir o corpo já aquecido e alongado, abriu os olhos e ajeitou o cabelo. Ansiosamente, aguardava que pelo dia em questão, pudesse estar junto de seu mestre para treinar. Compartilhavam das mesmas habilidades, então ninguém menos que o dourado podia entender o Argentino.
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Mensagem por Harmonia de Águia Ter Out 16, 2018 8:51 pm

— Não me recordo da obra em que parei. O Idiota, Gente Pobre, os Irmãos…? Sim, os Irmãos! Como pude me confundir. Nada mais puro do que a alma de Aliocha Fiodorovitch desde…

BAM.

inominável.
titânico.
súbito.
Um peso se abateu sobre o pé direito de Harmonia, no exato instante em que dava seu 17º passo em direção à Biblioteca. Imobilizou-o na rocha, como uma fatia de gravidade impossivelmente poderosa.
Peso este que era imposto por seus próprios sentidos e percepções em ação.
“Aliocha?”

Harmonia não acreditava no acaso — jamais fora inventada uma desculpa tão chula e humilhante para os eventos que não se podem explicar de cara.

Logo, quando a amazona sentiu o cosmo de um dos novatos que adentravam o pátio naquele dia, calmo, inocente e esperançoso, teve instantânea certeza do que significava. A verdade superior emanava tal como os raios de sol.

A mera lembrança de Aliocha Fiodorovitch Karamazov, personagem igualmente calmo, inocente e esperançoso havia atraído a presença de um ente real e idêntico.
Uma alma no máximo estado de nobreza e potencial, pois era tão recém-chegada ali quanto as células cutâneas de seus punhos, já regeneradas do treino matinal que havia detonado-os e exaurido.

“Sem tempo de ser infectado pelos HEDIONDOS RUMORES vomitados pelos incautos. Desprovido do orgulho da competição. Puro e nobre dever. Alguém virtuoso demais para ser desta era…!”

TINHA que ser um enviado da Áurea Minerva, que graciosamente escutara seu clamor.

Não havia mais motivo para continuar ali. Todo milissegundo sem se mover seria uma ETERNA perda de tempo!!!! Dando meia volta, Harmonia refez seus últimos dez passos fielmente; a cada pisada, levantava nuvens de poeira e fragmentos de rocha, tamanha a intensidade e fervor colocados nelas. Entretanto, por motivos óbvios, fez o resto do trajeto até a misteriosa pessoa nos Machs elevados que era capaz de atingir. O cavaleiro mascarado provavelmente levaria um susto com a figura robusta e exótica de Harmonia brotando ao seu lado como um baobá instantâneo.

BUON. GIORNO.

A amazona sente a maneira com a qual seu olhar projeta pilares de obstinação e fervor. É como uma águia olha sua presa já capturada e à mercê. Porém… Como explicar a um ser humano que aquilo não era hostil? Que não era sua intenção…

“Harmonia, tente não falar e olhar como se sempre quisesse assassinar alguém.”
Palavras sábias e superiores de seu ido mestre Aurelius. Oh, como ele era o único que podia compreendê-la e ajudá-la.

“Tsc. Eu não nasci pra essas coisas sociais.”

Respirou profundamente, acordando bem todo o tecido pulmonar. Reergueu as pálpebras de forma fleumática. “Ritmo, ritmo. Acalme esses olhos, Harmonia. O novato não pode notar que você tem dificuldades de comunicar-se com gente. Converse seriamente com essa máscara.”

— Caham. Jovem Bronze. Estes meus olhos nunca te encontraram por aqui antes. E seu cosmo é estranho. Alóctone. Puro demais para um juvenil. Não acha essa situação extremamente surpresa, huh…? … …. … Hee hee, eu estou só BRINCANDO. Gosto de ver do que os neófitos são feitos. Do que VOCÊ é feito, huh…? Ou melhor… Quem você é.
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Mensagem por Blue de Espadarte Ter Out 16, 2018 9:40 pm

As palavras do cavaleiro eram duras, mas eram a mais pura verdade. Desde sempre Blue fora guiado pelo medo; medo de ser julgado, medo das represálias, medo de ser deixado para trás e agora tinha medo de machucar e perder alguém importante. Tinha medo de perder a vida pela própria espada. Aqueles sentimentos deploráveis conflitavam com o seu dever como um cavaleiro de Atena. a Excalibur era uma parte do seu corpo e precisava usá-la como como tal. Como poderia fazer isso? Como descartaria aqueles sentimentos e lembranças que o moldavam como um ser humano?

Você está certo... — respondeu em um quase sussurro, levantando-se mais uma vez. — Eu não posso deixar o medo me dominar. Não foi para isso que eu me tornei um Cavaleiro.

Estendendo o braço direito para frente, Blue retirou as ataduras ensanguentadas, encarando atentamente aqueles machucados. Eram as provas de anos suportando algo que pensava ser uma maldição; uma espada assombrada que destruía tudo em volta. Porem, no fundo, sabia que a arma era o que lhe pusera no caminho de um guerreiro. Era o seu trunfo, a espada que carregaria a esperança da humanidade quando entrasse em campo de batalha. Excalibur era uma parte de si e não poderia fugir de tal responsabilidade, portanto, não deixaria o medo corrompê-la.

Deixou sua mente voltar ao dia da morte de Joyeuse. Havia acabado com uma longa vida, sim, mas o amigo nunca o culpara, mas sim lhe entregou o seu destino e um objetivo a seguir: tornar-se um cavaleiro e lutar para proteger os seres humanos. Deixou que aquele sentimento tomasse conta de si, enchendo o seu universo próprio com toda aquela força; elevando o seu cosmo até as estrelas e realizando um milagre. Elevou o braço, envolto da luz azulada.

Excalibur — disse, baixando o braço de uma só vez — Morgan!

O fino e bem definido feixe de luz correu pelo chão, iluminando o seu caminho e atravessando inofensivamente a maior pedra ali, em uma trajetória limpa e reta. A espada não parecia ter cortado nada até que, um segundo depois, a rocha partiu-se no meio, em um perfeito corte digno da lendária Excalibur. Os olhos fortemente azuis fitavam o ocorrido incrédulo, não convencido o que acabara de fazer; pela primeira vez em dois anos conseguira cortar perfeitamente com a sua espada.
Blue de Espadarte
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