Re: Pátio e Sub-Localidades

por Harmonia de Águia Sáb Nov 03, 2018 1:28 am

Fosse o espírito de Harmonia um ínfimo mais inclinado para a euforia da batalha em vez da cautela, mal teria percebido o inocente mensageiro que se aproximava. O dia estava muito belo para que um soldado raso subitamente saísse voando fora de controle, logo, a Amazona devidamente cancelou seu ataque, retornando ao solo.

Não apenas isso. Aparentemente, algum tormento havia se apoderado do jovem Triângulo, finalizando sua posição de combate. Estava demasiado condescendente e encabulado para ser em função da presença do soldado raso ali.

“Oh, não, será possível que minhas ações não foram bem compreendidas?”

Assunto para depois. Atentou-se às palavras do terceiro. “Uma convocação…? E do Flecha? Huh, ele não é o tipo de cavaleiro que inventa patifarias. E Ilha da Rainha da Morte… O local em que ‘Inferno’ é um elogio… Algo me diz que não devo gastar nem mais um neurônio com outras coisas além disso.”

— Agradecemos seu ofício, soldado. Não tardaremos um segundo a mais.

Não que a biblioteca estivesse a uma distância considerável, mas… Perguntava-se se o neófito tinha tal informação. Dirigiu-se a ele com o semblante mais neutro-para-positivo que pôde formular.

— Ragazzo. Há um mal-entendido aqui, e por ele, peço desculpas. Creio que receou me faltar com respeito de alguma forma, mas lhe garanto que não há maior prestação de honraria do que a dedicação e a seriedade. Não fui séria no que disse, apenas… Enérgica. Você é jovem, mas cheio de disciplina, respeito e coragem. Enquanto Amazona de Prata, devo reconhecer que suas habilidades são prodigiosas, e seu ritmo de pensamento é perfeitamente sustentável com o ritmo de uma luta. Não há dúvidas que merece a armadura sagrada que te reveste neste exato momento. Agora lhe conheço, e isso me alegra em demasia. Contudo, minha intuição me obriga a refletir como pessoas virtuosas assim lidarão com os momentos derradeiros de… Exterminar os inimigos.

Harmonia convidou o mais novo a segui-la até o prédio da biblioteca, uma curtíssima caminhada.

— Não pense que menciono esse assunto sem pertinência. Não o subestimo como cavaleiro; porém o fato é que somos todos humanos. Isso significa que nossos horizontes são infinitos, mas nossos abismos também. Espero que eu me faça entender… Coisa na qual não sou tão excelente, como é perceptível. Enfim, aconselho a guardar esses conceitos que mencionei nas profundezas do seu coração. Não deve haver lugar mais seguro.

por Blue de Espadarte Seg Nov 05, 2018 7:11 pm

Apesar de tudo, Blue era muito bom quando o assunto era fugir. Mesmo que, graças a Uriel, conseguira dominar a Excalibur, manter-se na presença de todos aqueles cavaleiros era um incômodo. Certamente, não desprezava seus companheiros. Todos eram muito importantes, sem dúvida alguma, porém ainda eram cavaleiros. Quando notou a brincadeira vinda de Mikhail e os outros cavaleiros se fazendo presentes, Blue virou fumaça.

Diante das conquistas daquele dia, resolveu encerrar o treinamento ali mesmo. Seu braço direito doía fortemente e seus ferimentos haviam se aberto mais uma vez. Assim, seguiu para os alojamentos onde viviam os cavaleiros de bronze. Naquele momento, queria poder encontrar o seu mestre, Masato, e mostrar-lhe a Excalibur. Finalmente conseguia dominar a espada e os seus sentimentos; não precisaria mais ter medo de machucar-se ou aos outros. Entretanto, duvidava que o Capricórnio se orgulharia de sua conquista. Era sua obrigação como um cavaleiro, detentor da espada sagrada e da armadura de Espadarte.

Em sua caminhada, fora interrompido por um mensageiro, a pedido de Bernardo de Flecha. Estava sendo convocado para uma missão, na Ilha da Rainha da Morte. Apenas ouvir o nome do lugar lhe fez um arrepio subir pela sua espinha. Sabia que aquele era um dos lugares mais mortais na terra e poucos que pisavam na ilha retornavam. Era onde residia a armadura de Fênix... Fênix! A surpresa tomou conta do rosto de Blue. Uriel treinara naquele lugar para se tornar um cavaleiro. Aquele homem. provavelmente sobrevivera as mais terríveis provações. Era um cavaleiro notável. Esperava que, um dia, pudessem tornar-se amigos. Com este pensamento, correu para a biblioteca, encontrar Bernardo.

por Julius Seg Nov 05, 2018 7:25 pm

Havia percebido a convocação mas devido o treino não prestei muita atenção no acontecia.

Após ver a donzella para o ataque e vir até minha direção, imaginei que iria ser xingado ou castigado por algo, mas não.

Suas palavras encorajadoras me atingira como uma fogueira espalhando suas chamas em uma floresta de folhas secas, incendiando tudo e causando um enorme calor, mas não de forma desastrosa como tal.

Retirei a mascara por um momento, enquanto com os olhos fechados. Me sentia envergonhado olhar diretamente nos olhos de outra pessoa.

Deixei minha pinta próxima do cando do olho ser revelada ao tirar a pequena mexa de cabelo que a cobria, e aos poucos revelei as duas esferas verdejantes que eu mantive oculto.

- Grazie, donzella dll'argento. Suas palavras me revigoraram e queimaram dentro do meu ser, espero me dar bem com você.

Sorri expondo totalmente minha gratidão e satisdação em ter conhecido aquela amazona.

por Agatha de Cisne Qua Nov 07, 2018 8:31 am

A amazona deu uma risada baixa ao observar a situação, o Cavaleiro de Unicórnio não parecia nada contente com aquilo. Deu uma leve ajeitada em seus cabelos platinados um pouco antes de sair dali, afinal cada um havia ido para um canto e não havia mais necessidade de continuar ali, ao menos até um cavaleiro se aproximar de onde estava. Ao ouvir a informação seu rosto tomou uma expressão séria, mesmo com a máscara sabia que aquilo não era brincadeira e tratou de seguir até a biblioteca, encontrar Bernardo para mais informações.

por Uriel de Fênix Qua Nov 07, 2018 9:36 pm

Se os cavaleiros pudessem olhar para o Cavaleiro de Fênix no momento que a mensagem terminou, veriam uma expressão de pura raiva. Ilha da Rainha da Morte... O turbilhão de memórias que consumia o seu ser, tornava a posição de Uriel muito estranha no que diz respeito a aquele lugar.
Lembrava-se bem de tudo. Da areia manchada de vermelho, graças aos incontáveis combates... Do negrume das armaduras que assombravam os seus sonhos mais profundos toda a noite. Daquela máscara, cujo o homem que a usava fazia jus à faceta de demônio que se desenhava claramente.

Aquela ilha tinha tirado tudo que era seu. Cada parte de seu ser foi arrancada, deixada pra trás como as cinzas daquele vulcão que lá residia. Ao mesmo tempo, tinha o dado tudo... Tudo que era agora. Por entre linhas tortas, aquela de certa forma era o local mais próximo de uma "casa" que ele teve. Uriel, ironicamente, cresceu no inferno.

O assunto devia ser sério... Algo havia acontecido ao guardião da Ilha? Quem sabe. Normalmente, ele era facilmente substituído, já que seu dever era literalmente sobreviver, não importa como. Para chamar a atenção do santuário, algo sério estava acontecendo. Não tardou, então, para rumar em direção ao local indicado. Ouviria o que esse tal cavaleiro prateado tem a dizer.

por Fernando De Altar Qua Nov 07, 2018 10:49 pm

Permaneceu neutro. Sua feição ainda era serena até o momento em que um dos soldados aproximou-se do grupo que quase se desfazia. Não manifestou nenhuma reação ou fala durante o relato e o pedido do cavaleiro de prata. Atentamente, apenas passou a observar a reação dos presentes, como com pequenas manias e traços pudesse os identificar. Os pequenos detalhes serviam como chave para possivelmente evitar coisas piores e desnecessárias.

No momento, não era bom sequer falar algo com os presentes, especialmente o ruivo que parecia atacado com a informação. Porém, não duvidava de sua capacidade como guerreiro e por isso, sua preocupação não era tão alta, embora ainda existente.

O meio Albino ajeitou o cabelo bagunçado, alguns dos fios que caiam sobre os olhos e os jogava para trás. Sorriu calmo para o soldade e acenou um positivamene com a cabeça. Uma gota surgiu quando Mikhail agiu ainda na brincadeira. Optando pelo tradicionalismo, apressou os passos juntamente com alguns dos outros que também receberam o chamado para a biblioteca.

por **Admin** Seg Nov 12, 2018 9:28 am

Apesar dos caminhos diferentes, o destino de cada um dos cavaleiros uniam-os em um só lugar. A mensagem fora recebida com precisão e, atentados às palavras que podiam ser o prelúdio de um problema de enorme magnitude, apressaram seus passos em direção ao local marcado.
O local era silencioso. Nenhum sussurro era audível — os passos, graças ao tamanho imponente do local, ecoavam antes de se dissipar finalmente. Por entre as grandes prateleiras arcaicas, fundidas às paredes de tamanho igualmente robusto, procuravam pelo homem que os convocava. Somente conseguiram achar quando ouviram o som de um livro se fechando, tornando-se fácil, então, encontrá-lo ali. Provavelmente era o único homem nesse lugar… A biblioteca armazenara poucas informações proporcionadas aos níveis mais rasos dos cavaleiros, e quase ninguém visitava esse local, já que seus dias resumiam-se ao treinamento. Mas ele… tinha certo apreço por aquelas páginas. Todo aquele conhecimento atemporal.

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O homem de fios na estranha cor roxa posicionou o livro cuidadosamente na mesa, virando-se para os cavaleiros que se reuniram em um pequeno grupo. Os olhos, de cor semelhante ao padrão das madeixas, caíram sob eles; parecia averiguar se cada um já estava presente. Após confirmar a informação, assentiu positivamente.

— Obrigado por atenderem ao chamado. Provavelmente, estão pensando que é algo sério, graças a rapidez em aparecer aqui… e estão certos. Por isso, eu quero que prestem muita atenção. — Iniciou o discurso. Graças ao silêncio quase absoluto do local, não precisou elevar tanto assim o tom de sua voz.

— O Santuário deixou em minhas mãos uma missão que, no começo, parecia inofensiva, apesar de ainda assim estranha… algumas assinaturas de cosmo-energia foram presenciadas rapidamente em alguns pontos. Apesar de momentaneamente não parecer grande coisa… descobrimos que esse cosmo, de alguma forma, tinha um traço reconhecível ao santuário.

Se virou por poucos instantes, folheando o livro até chegar em uma página específica. Uma gravura que parecia tão antiga quanto a biblioteca; parecia uma ilha. — A Ilha da Rainha da Morte. Provavelmente é um nome familiar pra vocês… parte de um continente obliterado em tempos mitológicos, aquele lugar guardava alguns dos segredos mais terríveis do santuário. Dentre esses, estão as Armaduras Negras, cópias que desonram a nós, cavaleiros.

Folheando a página, para que todos vissem, a imagem de um demônio agora também se mostrava.
— A Ilha era guardada por um cavaleiro específico, além de sua guarda particular. O Cavaleiro do Diabo… poucas eram as relações com ele, já que o santuário basicamente se envergonha daquela ilha. No entanto, ele fazia o trabalho importante de selar cada cavaleiro negro que lá estão… ou estavam. Não mais recebemos atualizações vindas de la. Enviar um mensageiro simples, dada a natureza caótica da ilha e às defesas naturais que a circundam, é inviável… ainda mais quando somos embasados em incertezas. Mas ao que tudo indica, os Cavaleiros Negros saíram de sua prisão.

Fechou o livro novamente, tornando a falar logo após. — O Santuário começou a mobilizar as suas forças para caçarem os donos dessa “cosmo-energia” nas proximidades dos locais que subitamente apareceram. Existe um padrão, e como não vieram diretamente para o santuário… pode ser problema. A missão de vocês, enquanto nós procuramos algo do lado de fora, é procurar algo dentro daquele solo. Para que o Santuário mobilize às suas forças com mais seriedade e precisão, vocês precisarão investigar a ilha e repassar tudo o que descobrirem. Compreendem?

por Blue de Espadarte Seg Nov 12, 2018 8:11 pm

O cavaleiro de Espadarte caminhou calmamente através da biblioteca. Era um lugar praticamente desconhecido para si, visto que raramente o visitava. Graças aos anos nas ruas, nunca tivera acesso à educação, de forma que apenas aprendera a ler e escrever quando fora acolhido pelo seu mestre, Masato. Porém, mesmo que tivesse aprendido, a falta de prática ainda lhe garantia certa dificuldade e livros complicados demais apenas lhe causavam dor de cabeça. Blue era um homem do campo de batalha, então lugares como bibliotecas não combinavam muito consigo.

Surpreendeu-se ao se ver reunido com os mesmos cavaleiros de antes. Mikhail, Uriel e alguns outros. Fugira de sua presença e, por ironia, estavam mais uma vez reunidos e agora em direção a uma missão. Não podia dizer que estava exatamente contente, mas... se todos ali haviam sido convocados, então eram necessários. Cruzou os braços, agora sem medo de sua espada sair do controle e ouviu atentamente as palavras do cavaleiro de flecha.

Resumindo, teriam que investigar o que acontecia na Ilha da Rainha da Morte. A terra dos Cavaleiros Negros. Um arrepio percorreu todo o seu corpo, duvidoso se aquela era realmente uma boa ideia. Conhecia pouco sobre aqueles homens, mas todas as histórias lhe eram desagradáveis. Bater de frente com tais guerreiros, caso realmente tivessem voltado, seria uma imprudência sem tamanho, mas deixar que retornem seria ainda mais. Mudou o peso de uma perna para a outra, inquieto, mas logo perguntou ao cavaleiro de flecha:

— Quando partimos? — perguntou, simplesmente.

por Julius Qui Nov 15, 2018 10:30 am

Coloquei minha mascara.
Eu caminhava juntamente de Águia observando a imponência do local. Eu sempre admirei lugares sagrados e arcaicos, independentemente de suas origens.

Quando adentramos o local eu procurei pelo cavaleiro de Flecha que nos havia convocado, e ali estava ele.

Diferente de muitos conosco, ele parecia trazer um ar de sapiência, alguém que sabe oque dirá, e que resposta receber. As palavras ditas por ele eram firmes e transmitiam a preocupação.
Quando ele sitou a ilha, me senti preocupado. Nunca soube como era o local fisicamente, apenas coisas que mestre Ciro me disse sobre; "não é um lugar para se fazer uma visita."

Vendo um cavaleiro dizer algo, pela armadura parecia ser de Espadarte, e ele parecia ter convicção em suas próprias palavras. Então fiz igual:

- Estou pronto para cumprir oque for me designado.

por Mikhail de Unicórnio Qui Nov 15, 2018 12:22 pm

Mikhail como o adolescente deslocado que era ficou mais afastado de todos, mas ouvindo com atenção o cavaleiro de flecha falar. Ele admirava e se sentia inspirado por cavaleiros assim, mas é claro que seu orgulho não deixaria ele dizer isso.

O jovem ficou estranhamente animado quando ouviu a natureza da missão. Iriam a um lugar perigoso. Era uma ótima chance de se provar capaz de realizar tarefas mais complicadas e mostrar que não era apenas um pirralho.

Ficou em silencio apenas imaginando os tipos de desafios que ele teria de enfrentar. Apesar de carregar certo medo do perigo, estava com um sorriso determinado no rosto e quase poderia gritar de empolgação. Mas estava em uma biblioteca.

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